O ponteiro de safena

Uma batida. Um pulso grave e cheio.
Pulsa. Pulsa. Pulsa.
É o ponteiro do relógio da vida.
Tiques-taques rubros…

Tolos cantam aos lírios como é belo
Esse contar dos segundos do tempo
Completando circunferências mais-que-perfeitas.
Canta-se aos quatro cantos esses pulsos da vida,
Sempre contando, contando, cantando…

Todos cantam, contam, encantam-se! Tão longe!
Tão pro lado de lá, e eu aqui percebendo
Que os ponteiros do relógio giram, giram, giram,
Até não poderem mais.
Pára.